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Paróquia Santa Teresa – Tefé

Paróquia Santa Teresa – Tefé

Ano de Criação:

1759

Telefone:

(97) 98400-0911

E-mail:

Atendimento:

Segunda-feira a Sexta-feira

  • Manhã – 08 horas às 11h30min
  • Tarde – 14 horas às 17 horas ]

Sábado

  • Manhã – 08 horas às 11h30min

Endereço:

Rua Quintino Boacaiúva, 414, Centro - CEP: 69550-049

História da Paróquia:

Com a Carta Régia de 05 de maio de 1757, consequentemente, a Missão de Santa Teresa dos Tupebas foi transformada em Paróquia de Santa Teresa, pelo bispo de São Luiz do Maranhão.

Segundo a data do Diretório, a Paróquia foi fundada em 1757, mas devido à distância e às dificuldades geográficas da época para que o documento  chegasse até aqui, a Carta Régia somente foi aplicada em Tefé no final do ano de 1759.

Os vigários da Paróquia de Santa Teresa

1º – FREI JOSÉ DE SANTA TERESA RIBEIRO Período de 1759 – 1788.

O primeiro vigário foi o antigo administrador de Tefé. Um dos seus primeiros atos, em 1758, foi o de transferir os moradores de Parauari, no rio Solimões, acima do local Caiçara, hoje Alvarães, para a freguesia de Nogueira.

Por isso frei José de Santa Teresa Ribeiro é considerado o fundador de Nogueira.  O local recebeu este nome por imposição da Carta Régia de 05 de maio de 1757, que regia que todos os nomes indígenas teriam que ser mudados para o português.

Outra iniciativa do frei José de Santa Teresa foi construir uma igreja. Segundo o Arquivo da Prelazia, ela foi construída na entrada da Missão de Santa Teresa, no lugar onde hoje se encontra a Capitania dos Portos.

2º – FREI JOSÉ DE SANTA TERESA NEVES – Período de 1788 – 1792.

O segundo vigário foi o português carmelita frei José de Santa Teresa Neves que veio para Ega em 1788 e assumiu a Paróquia até 1792.

3º- FREI   ANTÔNIO DE SANTA TERESA CUNHA – Período de 1792 – 1798.

Para substituir frei José de Santa Teresa Neves, veio para Ega, frei Antônio de Santa Teresa Cunha que permaneceu em Ega até 1798.

4º –  PADRE JOSÉ MANUEL DE MEDEIROS – Período de 1798 – 1799.

O quarto vigário foi o padre secular português José Manuel de Medeiros. Ele  encerrou o primeiro livro de assentamentos da Paróquia e abriu o segundo livro que ainda hoje se encontra no Arquivo da Prelazia. Este padre permaneceu como vigário menos de um ano na Vila Ega.

5º – PADRE RAIMUNDO FERREIRA VALENTE – Período de 1799 – 1802.

O quinto vigário foi o padre secular português Raimundo Ferreira Valente que chegou em março de 1799.  Foi muito zeloso, dando assistência à Vila Ega e  à Nogueira até início de 1802.

6º – PADRE ANDRÉ FERNANDES DE SOUZA – Período de 1802 – 1820.

O sexto vigário  da Vila Ega e de Nogueira foi o padre secular português André Fernandes de Souza. Chegou no início de 1802 e ao retirar-se de Ega, foi para Belém onde foi nomeado cônego. Este padre escreveu um livro sobre o Amazonas.

7º – PADRE FRANCISCO AURÉLIO DA FONSECA – Período de junho de 1820  a janeiro de 1822:

O sétimo vigário da Vila Ega e de Nogueira foi o padre secular português Francisco Aurélio de Fonseca.

8º – ANTONIO JOSÉ DA SUKVA CÂNON – Período de 1822 a  junho de 1838:

O padre secular português Antônio José da Sukva Cânon, oitavo vigário,  chegou em maio de 1822. Assumiu como vigário de Ega e Nogueira, mas veio a falecer em junho de 1838, vitimado pela  malária. Foi sepultado em Nogueira na Igreja Paroquial, sob o púlpito.

9º – PADRE GASPAR PORFÍRIO DELGADO – Período de 1838 –  1839:

O nono vigário foi o padre secular português Gaspar Porfírio Delgado. Este padre chamou a atenção da população de Nogueira devido ao fato de a  mesma viver de forma desregrada, com excessivo consumo de alcoolismo e prostituição.

Vários homens não gostaram das advertências do padre e resolveram expulsá-lo do local. Eles embarcaram somente o padre numa canoa velha, e o empurraram para o meio do lago. Na ocasião, em 1839, o padre Gaspar Porfírio Delgado teria tirado as sandálias e levantando-as aos céus, disse: “Em ti Nogueira, nada se desenvolverá…” O certo é que desde aquele momento Nogueira, que era mais importante do que Vila Ega, entrou em decadência e nunca mais progrediu.

Para reafirmar a forma como muitos homens e mulheres se portavam, consta no livro de Anísio Jobim, publicado em Tefé em 1937, as declarações de Dom Frei Caetano Brandão, que ao visitar as paróquias do Amazonas,  afirmou que “achou Nogueira um lugar bonito, mas com a vida dos moradores muito sem regras”. Os militares iam de Ega para Nogueira provocando orgias e bebedeiras, nos finais de semanas.

10º – PADRE JOSÉ VICENTE DE CARVALHO PENA – Período  de junho de 1840  a   maio de 1842:

O padre secular português José Vicente de Carvalho Pena, chegou em junho de 1840 e assumiu como o décimo vigário da Vila Ega e de Nogueira. Como atividade destaca-se o fato de ter feito melhorias na escola para meninos.

11º – PADRE DIONÍSIO RODRIGUES ALIANÇA –  Período de julho de 1842 a  dezembro de 1843:

O décimo primeiro vigário de Ega e de Nogueira foi o padre secular português Dionísio Rodrigues Aliança, que permaneceu apenas um ano e cinco meses, até final de  dezembro de 1843.

12º –  PADRE LUIZ GONÇALVES DE SOUZA – Período de 1843 –  1881:

O décimo segundo vigário de Vila Ega e de Nogueira foi o padre Luiz Gonçalves de Souza, primeiro sacerdote tefeense, nascido em Nogueira aos 21 de janeiro de 1818, filho de tradicional família tefeense. Após concluir seus estudos em Portugal, voltou para Nogueira. Chegou em dezembro de 1843 e assumiu como vigário, permanecendo neste povoado até 28 de junho de 1849. Neste dia, mudou-se para Vila Ega, atual Tefé. Como era um grande músico, fundou uma escola de músicos e uma escola para os meninos em Ega.

Juntamente com os paroquianos, o padre Luiz Gonçalves de Souza, construiu uma igreja ampla e grande, toda de taipa, pintada com tabatinga e tauá. Ela estava localizada onde posteriormente foi construída a Catedral de Santa Teresa por monsenhor  Michael Alfred Barrat.

O padre Luiz faleceu em Tefé em 26 de novembro de 1881 e foi sepultado na capela do Cemitério São José, onde hoje está localizada a rua Duque de Caxias.  Seus restos mortais foram transladados dali para a capela da Catedral da Saudade (Cemitério Municipal) e se encontram junto ao altar.

É importante enfatizar que ele foi o primeiro sacerdote brasileiro tefeense, a atuar como vigário  da Paróquia de Santa Teresa.

13º – PADRE ANTÔNIO PHILIPE PEREIRA – Período de 1881 – 1882:

Quando o padre Luiz Gonçalves de Souza estava doente, veio a Tefé e a Nogueira, o padre Antônio Philipe Pereira, que assumiu a direção da Igreja, como décimo terceiro vigário da Paróquia. Permaneceu apenas seis meses e não deixou  sequer um registro de batismo assinado por ele.

 

14º – PADRE JOSÉ ESPERANÇA – Período de 1882 a meados de 1883:

O décimo quarto vigário de Tefé foi padre italiano José Esperança. Este sacerdote foi missionário nas Índias inglesas, foi vigário em Soure-PA, e em Coari-AM. Além de ter a saúde fraca, foi espancado em Caiçara, atualmente Alvarães.

Ao se retirar de Tefé, regressou à Itália, sua terra natal, onde veio a falecer. Escreveu o livro “L`Amazonas  Ossia Notizie Inferno Norte del Brasile, publicado em Nápoles, na Itália.

15º – PADRE JOSÉ ANZOLINI – Período de 1883 – 1885:

O padre secular italiano José Anzolini foi o décimo quinto vigário e com a ajuda da população reconstruiu a igreja de Nogueira que se encontrava em ruínas. Em 1885, o padre retirou-se de Tefé, voltando para a  sua pátria.

OBSERVAÇÃO – Período de 1885 –1888:

Nesse período, a Paróquia de Santa Teresa ficou sem vigários. De vez em quando apareciam alguns sacerdotes chamados pelo povo de Tefé por ocasião, sobretudo, da festa de Santa Teresa, de um festejo em honra a um  santo ou na ocasião de um casamento.

Outras vezes, os sacerdotes eram  mandados pela autoridade diocesana  para realizarem nesta região as desobrigas, que eram visitas anuais com o objetivo de administrar os sacramentos como batismo, casamento e outros.

16º – PADRE FÉLIX – Abril a dezembro de 1888.

Após um longo período sem vigários, tomou posse como décimo sexto vigário de Tefé, o padre cearense Félix.

O padre Félix, após a posse, passou apenas um mês em Tefé e, em seguida, resolveu fazer uma desobriga no rio Juruá, onde passou oito meses. Quando retornou a Tefé, encontrava-se muito doente. Viajou para sua terra natal, no Ceará, de onde nunca mais voltou.

17º – PADRE CASIMIRO NOBERTO DUPUY – Período de 18891907.

O padre Casimiro Noberto Dupuy, nascido em 1839, na França, onde fez os seus estudos, veio para Belém em 1882.

No livro Os espiritanos no Brasil, na página 66, encontra-se a informação de que, em 1899, o padre francês Casimiro Noberto Dupuy já era vigário, portanto é o décimo sétimo vigário da Paróquia de Santa Teresa.

O padre vinha a Tefé, de vez em quando e, terminando as suas atividades religiosas, voltava para Belém, onde era diretor do Colégio da Providência.

Somente em agosto de 1893 fixou a sua residência em Tefé. Por provisão de 30 de novembro de 1893, o bispo do Amazonas, Dom José Lourenço da Costa Aguiar, recentemente promovido a arcebispo, manteve o cônego Casimiro Noberto Dupuy como vigário desta freguesia.

O cônego reuniu todos os bens que pertenciam a Paróquia de Santa Teresa: primeiramente um terreno onde foi construída a igreja paroquial, que já se encontrava em péssimo estado de conservação. Mais dois terrenos, num estava localizada a casa do vigário; e no outro, foram construídos anos depois, o Palácio Apostólico e o Seminário  São José.

O vigário Casimiro Noberto Dupuy percebeu que vinham vários padres de fora fazer as desobrigas dentro dos limites da paróquia. Então, escreveu um relatório ao bispo de Belém do Pará para proibir esta prática. Foi atendido e no dia 18 de abril de 1893, foi baixada a portaria delimitando os limites da Paróquia de Santa Teresa com o seguinte teor: “Pela presente, havemos por bem, determinar os limites da Paróquia de Santa Teresa de Tefé. As Barreiras acima de Coari até a foz do Juruá, ficam pertencendo à dita freguesia”.

O vigário sofria muito ao ver os povos indígenas abandonados e explorados pelos comerciantes. Em junho de 1894, por ocasião da posse do primeiro bispo de Manaus, Dom José da Costa Aguiar, conheceu o superior dos Espiritanos, que estava fazendo uma visita às missões espiritanas na América do Sul.

Importante mencionar que em 22 de fevereiro de 1892 foi criada a Diocese de Manaus. Padre Xavier Liberman veio para a tomada de posse e foi sensibilizado sobre a necessidade da presença missionária. Naquele tempo tinham sete (7) padres no Amazonas, dois (2) no interior e cinco (5) em Manaus.

Com poucos padres para atender ao povo explorado pelos comerciantes, o padre Dupuy fez um relatório comovente, descrevendo a situação dos mais abandonados, mal-tratados e escravizados. O povo fugia para o fundo das florestas. As casas eram incendiadas, mulheres e filhas roubadas, o povo experimentando os maiores sofrimentos e vexames, até a morte. A vingança sangrenta e violência faziam parte do dia-a-dia do povo. Dessa forma, outro grande feito do padre Dupuy foi a articulação da vinda dos espiritanos para Tefé.

Os padres espiritanos assumiram a Paróquia de Santa Teresa em 24 de julho de 1907. Esta foi a maior alegria do padre Dupuy: conseguir os padres para esta região. Segundo o contrato, os espiritanos gozavam da “perpetuidade” na Paróquia de Santa Teresa. Foram delimitados os limites da referida paróquia, começando um pouco acima da boca do Rio Coari, incluindo as duas margens do Rio Solimões, até pouco abaixo de Fonte Boa, além de todo o rio Japurá, o rio Tefé e as duas margens do rio Juruá até São Felipe.

Na sua missa de despedida, que foi celebrada na capela da residência do vigário, visto que a igreja estava em ruínas, o padre Noberto Dupuy disse que se sentia feliz porque tinha conseguido padres e um lugar onde os missionários espiritanos pudessem evangelizar.

18º- PADRE AFFONSO DONANDIEU – Janeiro de 1907 – 1911.

O padre francês Affonso Donandieu foi o décimo oitavo vigário e o primeiro padre espiritano O padre recebeu a Paróquia com o inventário do padre Dupuy.

Ao assumir a Paróquia, encontrou dois grandes problemas; primeiramente precisava reconstruir a Capela de Bom Jesus que se encontrava em ruínas. Esta capela, situada junto ao cemitério da cidade na Rua Duque de Caxias foi a igreja paroquial no período de  1908 a 1935. A Igreja paroquial, construída pelo padre Luiz Gonçalves de Souza, também se encontrava em péssimo estado de conservação e por isso as missas eram celebradas na casa do vigário.

O segundo problema era ligado à Missão do Espírito Santo, situada na Boca do rio Tefé. Sendo administrador da Missão precisava resolver o premente problema da manutenção dos alunos. Com seu gênio de administrador conseguiu manter as atividades educacionais organizando o sistema da manutenção por meio da criação de porcos, galinhas e gado e por meio das plantações de legumes, hortaliças, da mandioca e da banana.

19º – PADRE AUGUSTO CABROLIÉ – Período de 1912-1927.

O padre francês  espiritano Augusto Cabrolié  chegou em Tefé no dia 30 de agosto de 1907 e foi vigário temporário até janeiro de 1908. Depois de ser pároco em São Felipe, voltou para Tefé e assumiu como o décimo nono vigário no período de 1912  a 1927. Depois ele se retirou para a Missão, na boca do rio Tefé, onde faleceu, aos 81 anos, no dia 06 de setembro de 1942. O seu túmulo encontra-se no cemitério dos espiritanos na comunidade da Missão.

OBSERVAÇÃO: No período compreendido entre 1924 a 1927, Monsenhor Barrat  assumiu também  a Paróquia de Santa Teresa. Monsenhor Michael Alfred Barrat, primeiro prefeito apostólico espiritano na América Latina, era um homem enérgico e persistente e se tornou grande amigo de outro francês, Xavier Libermann, padre fundador da obra dos espiritanos junto aos índios do Amazonas.

20º – PADRE  AFFONSO DONANDIEU – PERÍODO DE 1927-1931.

O padre francês Affonso Donandieu, que tinha viajado para a Europa, voltou  a Tefé e reassumiu como o vigésimo  vigário da Paróquia. O espiritano ficou na Paróquia até fim de 1931 e retornou a França onde faleceu no dia 10 de julho de 1936.                

21º – PADRE PEDRO MOTTAIS – Período de 1931-1934.

O vigésimo primeiro vigário de Tefé foi o padre secular, de nacionalidade francesa, Pedro Mottais. Veio da França em 1929, como diácono juntamente com Monsenhor Barrat que tinha feito uma viagem à Europa. Ele foi ordenado sacerdote em 1930 e assumiu a Paróquia em 1931. Em 1934 retirou-se para Manaus.

22º – PADRE JOSÉ VICTOR FRITSCH – Período de 1935 – 1946.

O padre missionário espiritano, de nacionalidade alemã, José Victor Fritsch foi o vigésimo segundo vigário. Assumiu como diretor do Seminário  São José. O padre alemão faleceu em Tefé e foi sepultado no cemitério da Missão.

23º – PADRE MENEVAL DE ANDRADE – Período de 1947- 1956.

O vigésimo terceiro vigário de Tefé, que assumiu a Paróquia em 1947,  foi o padre Meneval de Andrade. Ele chegou  em 1932, vindo de Cruzeiro do Sul, no Acre e foi seminarista do Seminário São José. Em 1956, viajou para o Rio de Janeiro onde lá assumiu uma paróquia.

24º – PADRE JOÃO VAN HERPER – Período de 1957-1961.

O vigésimo quarto  vigário foi o espiritano, de nacionalidade holandesa, padre João Van Herpen.

25º – DOM JOAQUIM DE LANGE – Período de 1962 – 1965.

Assumiu como o vigésimo quinto vigário, o próprio  bispo, Dom Joaquim de Lange. Um dos seus grandes feitos foi a instalação da Rádio Educação Rural de Tefé, emissora de grande utilidade pública, que vem prestando valiosos serviços  à população tefeense, até os dias de hoje.

Apoiou efetivamente o Movimento de Educação de Base (MEB). Dom Joaquim de Lange voltou para a Holanda onde lá faleceu.

26º – PADRE PAULO VERWEIJEN – Período de 1968 – 1976.

O padre espiritano Paulo Verweijen, de nacionalidade holandesa, chegou a Tefé em 1959 e foi responsável pelas instalações técnicas e pela manutenção da tradicional emissora Rádio Educação Rural de Tefé. Em 1968, padre Paulo assumiu como o vigésimo sexto vigário. Faleceu em Tefé, em 1998, causando muita comoção na população. Seus restos mortais encontram-se sepultados no cemitério dos espiritanos, na Missão.

 27º – PADRE ANTÔNIO MARIA JANSEN – Período de 1976 – 1986.

O próximo vigário foi o padre espiritano Antônio Maria Jansen. O padre holandês prestou relevantes serviços junto às Pastorais da Paróquia e durante a sua administração se deu a substituição do bispo Dom Joaquim de Lange pelo bispo Dom Mário Clemente Neto. Padre Antônio Jansen celebrou no dia 13 de julho na Catedral de Santa Teresa os seus 50 anos de ordenação sacerdotal. Os paroquianos participaram das comemorações com muita alegria e gratidão pelos 49 anos de trabalho de evangelização prestados no estado do Amazonas. Até hoje padre Antônio Jansen continua trabalhando em prol da comunidade tefeense.

28º – PADRE  ANTÔNIO FARIAS – Período de 1986 – 1989.

O vigésimo oitavo vigário foi o sacerdote espiritano Antônio Farias. O padre português trabalhou junto com o padre Paulo Verweijen e padre Domingos Rocha, ambos espiritanos. Padre Antônio Farias, com recursos financeiros conseguidos pelo padre Antônio Jansen, construiu um prédio em um terreno da prelazia, na rua Quintino Bocaiuva. A Casa Paroquial, sendo a sede da administração da Paróquia de Santa Teresa serve também para a catequese, cursos, encontros, atividades pastorais, atividades de estudo e ainda como a residência do vigário e do seu colaborador.

29º – PADRE ANTÔNIO MARIA HENRICUS GRUYTERS – Período de 1989- 2000.

O padre espiritano holandês Antônio Maria Henricus Gruyters foi o vigésimo nono administrador da Paróquia. Seu colaborador foi o padre português José Cunha.

Durante a administração do padre Antônio Gruyters, deu-se a substituição do bispo Dom Mário Clemente Neto por Dom Sérgio Eduardo Castriani, padre espiritano, brasileiro, nascido em 31 de maio de 1954, em Regente Feijó – SP. Dom Sérgio Castriani tinha sido nomeado Bispo coadjutor em 27 de maio de 1998.

Padre Antônio Gruyters foi pároco da Paróquia do Divino Espírito Santo da Missão e tem o reconhecimento da comunidade tefeense, por seu trabalho desenvolvido até hoje.

30º – PADRE GERALDO  MENEZES DA SILVA  – Período de 2000 a  janeiro de 2002.

O trigésimo vigário foi o padre Geraldo Menezes da Silva, diocesano, brasileiro, proveniente da Diocese de Divinópolis, Minas Gerais.

Realizou o trabalho de colocar as “sapatas” para reforçar a torre da matriz. A igreja foi também pintada por dentro e por fora e foi instalado um motor de luz devido à situação precária da iluminação da cidade.

31º – PADRE TEODORO MENDES TAVARES  – Período de 2002 a 18 de fevereiro de 2007.

Padre Teodoro Mendes Tavares, espiritano, de Cabo Verde, foi o trigésimo primeiro vigário de Tefé.  Padre Teodoro é atualmente Vigário geral e  Provincial dos espiritanos na  Região Amazônica  e Reitor do Centro Vocacional da Prelazia de Tefé (Seminário Menor).

Ao deixar a paróquia de Santa Teresa, foi nomeado pároco da recém-criada Paróquia de Bom Jesus, que abrange os bairros de Juruá, São Francisco, Jerusalém, São Raimundo, Fonte Boa, entre outros. Padre Teodoro tem a estima da comunidade tefeense, em especial, dos jovens.

32º – PADRE PIOTR PAWEL SCHEWIOR – 18 de fevereiro de 2007 -…….

O trigésimo segundo vigário de Tefé é o  padre da Diocese de Kalisz-Polônia, Pedro Piotr Pawel Schewior que veio para Tefé em 07 de janeiro de 2007 e em 18 de fevereiro de 2007 tomou posse como vigário da Paróquia de Santa Teresa. No dia 15 de julho foi ordenado padre, o diácono Waibena Atama Mahoma Mellon, de Togo, que passou a ser seu colaborador.

Em 2007, os espiritanos decidiram entregar a Paróquia que lhes pertencia “perpetuamente” a um padre diocesano. Assumiu a Paróquia o recém-chegado padre diocesano “fidei donum” (o dom da fé) Piotr Pawel Schewior, conhecido como padre Pedro. Padre Pedro nasceu em 27 de junho de 1963,  por isso é muito devoto de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Foi ordenado sacerdote no dia 04 de junho de 1988 em Gniezno – Polônia. Chegou ao Brasil em 30 de setembro de 1996. Trabalhou dez (10) anos na Diocese de Luziânia – GO.

Com o cargo de vigário, padre Pedro e na época, o padre Mellon assumiram também o interior da Paróquia de Santa Teresa – Rios Tefé, Curumitá, Bauana e comunidades do Lago de Tefé.

Para promover a reforma da Igreja Matriz, organizou a Comissão da Reforma da Catedral que promoveu vários eventos para arrecadar fundos com o objetivo de iniciar as obras. Juntamente com a comissão, decidiu-se que a etapa inicial da reforma geral da catedral seria a substituição da estrutura de madeira do telhado por uma estrutura metálica, coberta com telhas de barro.

Por iniciativa do padre polonês foi criado o Conselho Econômico da Paróquia de Santa Teresa, com a intenção de envolver maior número de pessoas na administração.

No dia 02 de setembro de 2007, padre Pedro tomou posse da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro de Abial, tornando-se assim o 1º vigário da recém-criada paróquia.

Como surgiu a tradicional salva de fogos em homenagem a Santa Teresa?

Na Barraca de Santa Teresa até hoje, famílias tradicionais, escolas estaduais, instituições municipais, entre outras oferecem para a comunidade, principalmente aos devotos que participam das novenas, uma variedade de pratos doces e salgados que são vendidos e consumidos ali mesmo na praça.

Porém, naqueles tempos era maior a participação das famílias e das escolas estaduais nos festejos de nossa padroeira.  A professora Nazira, matriarca da família Litaiff Moriz, durante três anos foi gestora da Escola Estadual São José.  A data referente a 01 de outubro era antigamente já destinada à participação da Escola Estadual São José, na Barraca de Santa Teresa.

Na sua gestão, a professora Nazira Litaiff Moriz, com o total apoio do corpo docente e discente da Escola São José, organizou a Primeira Alvorada em Honra à Santa Teresa, justamente no dia 31 de setembro, data que antecipava a participação da referida escola na venda de comidas da tradicional Barraca de Santa Teresa.

A Alvorada, em sua simplicidade, chamou a atenção de todos e se perpetuou até os nossos dias, melhorando cada vez mais, com a presença de belos e modernos fogos de artifícios.

Durante anos, a Banda de Música da 16ª. Brigada de Infantaria de Selva, do Exército de Tefé, também vem contribuindo para a grandiosidade da Alvorada, tocando o Hino de Santa Teresa, acompanhado com fervor pelos devotos. Nas últimas alvoradas também tem a participação do Grupo de Oração do Centro, apresentando momentos de louvor, com belíssimas músicas religiosas.

 As igrejas da Paróquia de Santa Teresa

 A primeira igreja, sem dúvida, foi construída pelo missionário carmelita frei André da Costa, considerado como fundador da cidade de Tefé. Devia ser uma choça (choupana), coberta de palha de ubim com uma grande cruz na frente. Em História da Missão de Santa Teresa D’Ávila dos Tupebas, enfatiza o historiador Pessoa que: “Frei André mandou colocar no centro da taba uma grande cruz e, em frente, mandou erguer um pequeno altar de madeira e ali celebrou a primeira missa, agradecendo à Santa Teresa, por tê-lo orientado àquele lugar.” (PESSOA, p. 21).

A segunda igreja foi construída, na frente da Missão de Santa Teresa dos Tupebas pelo missionário carmelita frei José de Santa Teresa Ribeiro. Consta que a igreja ficava na rua que seguia a margem do Lago de Tefé, na frente da atual Agência da Capitania dos Portos. Era uma igreja construída de taipa, no estilo português. Atrás desta igreja foi construído o cemitério. Em 1894, o cemitério foi transferido pelo superintendente Coronel Bernardo Joaquim Batalha para o lugar em que se encontra atualmente (Catedral da Saudade de Tefé).

Em 1860, o padre Luiz Gonçalves de Souza, com o apoio das autoridades do município, construiu a terceira igreja em homenagem a Santa Teresa. Era uma igreja espaçosa, feita de taipa com tabatinga e leite de sorva. Esta igreja foi construída no lugar onde atualmente se encontra a Catedral de Santa Teresa. Quando o padre Casimiro Noberto Dupuy assumiu a paróquia em 1889, a igreja estava tão deteriorada que não foi possível celebrar as missas e realizar outros atos religiosos. Por isso, as atividades religiosas eram realizadas na casa do vigário, num ambiente adaptado para tais fins.

De 1875 em diante vieram para Médio Solimões muitos imigrantes para extrair borracha nos rios Tefé, Juruá e Japurá. Entre os imigrantes estava o coronel Hermelindo Contreiras de Oliveira com sua esposa Dona Maria Contreiras.

Durante a viagem para Tefé, eles sofreram um acidente que quase causou o naufrágio do navio. Dona Maria Contreiras fez uma promessa a Bom Jesus dos Navegantes, pedindo proteção para chegarem a Tefé. Prometeu a construção de uma igreja em honra a Bom Jesus dos Navegantes. Chegando a Tefé, o coronel entrou em contato com as autoridades e com bispo de Manaus pedindo a autorização para a construção da capela. Escolheu o lugar, onde hoje se encontra a Capitania dos Portos na Rua Duque de Caxias e iniciou a obra. O coronel estava esperando a chegada de um navio da Inglaterra e por isso não podia acompanhar a obra até o final. Ele precisava viajar para seu seringal Marari no rio Juruá. Para concluir a obra deixou a sua esposa Dona Maria. A construção feita de taipa foi terminada em 1877 e entregue ao padre Luiz Gonçalves de Souza.

Quando padre Affonso Donnadieu assumiu a paróquia esta capela se encontrava em péssimo estado de conservação. Como um dos  primeiros atos do padre Affonso Donadieu, ao assumir a Paróquia de Santa Teresa em 1907, foi recuperar a capela de Bom Jesus dos Navegantes.  A capela se encontrava em péssimo estado para servir como igreja paroquial. Esta reforma foi concluída em 1922 e contou com a ajuda de Monsenhor Barrat.

Depois da reforma, a capela passou a ser a igreja paroquial até 1935, ano da conclusão das obras da Igreja Matriz de Santa Teresa. A antiga capela foi doada por D. Mário Clemente, então bispo da Prelazia de Tefé à Agência da Capitania dos Portos. A Capitania dos Portos, respeitosamente, preservou a aparência estrutural da igreja.

A construção da atual Catedral de Santa Teresa

A Paróquia de Santa Teresa, apesar de ser uma das mais antigas do Amazonas, não possuía a sua igreja paroquial. Monsenhor Alfred Barrat fez contato com a Superintendência e requereu ao superintendente Antônio João de Lira Braga que mandasse demarcar o terreno onde se encontrava a igreja antiga, pois queria construir uma nova para a cidade.

Como o  pedido foi acatado prontamente,  Monsenhor Barrat aproveitou a disponibilidade das autoridades e pediu cimento, areia e outros materiais. As irmandades paroquiais ficaram responsáveis pela organização de quermesses para angariar os recursos. Monsenhor Barrat solicitou que todos, dentro de suas possibilidades, ajudassem na construção desta igreja, por ser obra de todos os católicos.

Em Manaus, Monsenhor Barrat conseguiu dois valiosos engenheiros que, sem remuneração alguma, se colocaram à disposição. O Dr. Aluísio Araújo, engenheiro-arquiteto, elaborou com linhas de simplicidade e elegância, a planta da igreja. O Dr. Antônio de Mattos Granjeiro, engenheiro – agrimensor marcou os quatro ângulos do edifício e o contorno dos alicerces.

Para a construção da igreja, Monsenhor Barrat contou com os melhores mestres de obra: irmão Raphael Haag – técnico da construção da Prefeitura Apostólica; Horácio Guimarães e Horácio Rocha – mestres de obra; irmão Tito Kuster – mestre marceneiro e Paulo Pantoja – mestre carpinteiro. Além destes tinham outros auxiliares.

No dia 15 de outubro de 1922, festa de tricentenário de canonização de Santa Teresa, antes da Missa campal, monsenhor Barrat, Prefeito Apostólico fez a bênção da primeira pedra da nova igreja. Nesta cerimônia estavam presentes os Intendentes, o Superintendente, o Guarda de Segurança, os padres e irmãos religiosos da missão Espiritana, além do povo da cidade. A inauguração da obra foi abrilhantada pelo Coral de Santa Cecília com cantos e hinos religiosos.

O povo inteiro da cidade envolveu-se carregando o material e realizando os serviços simples.  Dessa forma, podemos dizer que a construção da catedral de Santa Teresa foi uma obra da cidade inteira: daqueles de recursos financeiros e dos pobres, analfabetos e letrados, homens e mulheres, adultos e crianças.

A reforma geral da Catedral como agradecimento por 250 anos da sua história

Para realizar a reforma geral da catedral foi constituída por Padre Pedro Schewior, com a aprovação do Bispo Dom Sérgio Eduardo Castriani, a Comissão da Reforma da Catedral. A primeira reunião dos componentes da Comissão da Reforma da Catedral ocorreu no dia 02 de agosto de 2007, na casa do pároco.

Os componentes da equipe, convidados por Pe. Pedro depois da consulta ao bispo Dom Sérgio, são os senhores Nelson Cabral de Vasconcelos (paroquiano e comerciante) José Barros de Lima Filho (Mestre de obra da Prelazia de Tefé), Sidônio Trindade Gonçalves – (Exmo. Sr. Prefeito Municipal), Carlos José de Sá Ferreira (Secretário do Meio Ambiente, na época), Sr. Lourival  Oliveira (paroquiano e comerciante), Evaldino Frazão Itapiranema – Jarí (Coordenador do Conselho Pastoral da Paróquia Catedral), Sra. Anildes Braga Roberto – paroquiana e proprietária do Anilce’s Hotel  e Padre Pedro Schewior – pároco.

Durante a primeira reunião ficou decidido em definitivo que se descartaria toda a estrutura de madeira, que a mesma seria substituída por uma estrutura metálica. Por unanimidade, também foi decidido a utilização de telhas de barro no telhado da matriz. A Comissão tinha conhecimento do alto custo, muito maior  que o uso de galvalume, mas … Santa Teresa merece muito mais.

Antes do início das obras foram promovidos dois grandiosos bingos beneficentes com a  grande ajuda do prefeito de Tefé, Sr. Sidônio Gonçalves. Além disso, todo o lucro da festa de Santa Teresa de 2007 foi destinado para dar “o pontapé” à obra. O Governo do Estado do Amazonas, através do Senhor Lourival e da senhora Francisca Davi, também fez a sua valiosa doação em prol da reforma da Matriz de Santa Teresa.

A reforma do telhado começou em 17 de julho e terminou no dia 27 de novembro. Quem acompanhou as etapas da obra foi o senhor José (Zé) Barros, mestre de obra da Prelazia de Tefé.

Fonte: Arquivos da Paróquia

 

 

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